sábado, 6 de dezembro de 2008
As idéias do autor vêm de encontro direto à realidade de nosso trabalho, achei a leitura muito confortante; tendo em vista que muitos autores falam da prática docente, parecendo desconhece-la, falam de nossa realidade, como se todos nossos alunos fossem iguais, já o autor expõe o contrário quando afirma:: “Por outro lado, contrariamente aos objetos seriais do industrial, que são homogêneos, os alunos são heterogêneos. Eles não possuem as mesmas capacidades pessoais nem as possibilidades sociais. As suas possibilidades de ação variam, a capacidade de aprenderem também, assim como as possibilidades de se envolverem numa tarefa, entre outras coisas. Ao se massificar, o ensino passou a se deparar cada vez mais com alunos heterogêneos em termos de origem social, cultural, étnica e econômica, sem falar das importantes disparidades cognitivas e afetivas entre os alunos. Essa questão levanta o complexo problema da eqüidade dos professores em relação aos grupos de alunos que lhes são confiados.” (pg.129).
Inclusive, o autor faz uma crítica, a algumas pesquisas pedagógicas,dizendo que: “...essas pesquisas se baseiam com demasiada freqüência em abstrações, sem levar em consideração coisas tão simples, mas tão fundamentais, quanto o tempo de trabalho, o número de alunos, a matéria a ser dada e sua natureza, os recursos disponíveis, os condicionantes presentes, as relações com os pares e professores especialistas, os saberes dos agentes, o controle da administração escolar, etc.” (pg.115).
Muitas das afirmações do autor são muito pertinentes, quando fala da forma que o professor trabalha, do seu envolvimento integral com o trabalho, de que utilizamos nossa personalidade ao trabalharmos, quando fala do pouco ou nenhum poder que o professor tem de constatar se realmente seus alunos estão obtendo aprendizados...
Eis um dos motivos da minha paixão por alfabetizar, é um momento em que podemos verificar verdadeiramente o aprendizado dos alunos; o retorno que os alunos nos dão é real, e perceptível,o aluno “dá retorno” ao nosso trabalho...
Nosso quotidiano é movido por atitudes, pensamentos e ações em função do aprendizado de nossos alunos, quantas vezes, já ouvi a frase: “De que jeito posso ensinar isso aos meus alunos”; essa afirmação tem por trás de si o que autor disse: “...o conteúdo ensinado em sala de aula nunca é transmitido tal e qual: ele é “interatuado”, transformado, ou seja, encenado para um público, adaptado, selecionado em função da compreensão do grupo de alunos e dos indivíduos que o compõe...”( pg.120).
O autor menciona as dificuldades de ensinar, que se deve levar em conta as diferenças existentes de diversos fatores: alunos, escola, conteúdos, materiais disponíveis,...Traz ao seu discurso um outro elemento, que é o envolvimento emocional do professor com seu trabalho, e com seus alunos, que muitas vezes não é mencionado, muitas vezes nosso trabalho é medido pelo que nossos alunos aprendem em forma de conteúdo, o professor bom ainda é aquele que “vence” todos os conteúdos. Muitas vezes os professores que se envolvem emocionalmente com os alunos, que conhecem seus alunos e sua realidade, dão conta de algo maior, de um envolvimento emocional, um suporte emocional que o aluno não encontra em outro lugar. Como afirma o autor: Esse fardo é realmente assumido e vivido por professore que se confrontam, as vezes diariamente, com as crianças que sofrem de diferentes problemas, por exemplo de carência de atenção e de amor. Nesse sentido, como dizia Tom (1984), o ensino é realmente um trabalho moral.(pgs.143, 144). O que é uma grande vantagem para o professor, como também afirma o autor: “O professor que é capaz de se impor a partir daquilo que é como pessoa que os alunos respeitam, e até apreciam ou amam, já venceu a mais temível e dolorosa experiência de seu ofício, pois é aceito pelos alunos e pode, a partir de então, avançar com a colaboração deles.”(pg. 140)
O autor fala também, de um fator muito importante que influencia diretamente nossas salas de aula: “...Embora ensinem a grupos, os professores não podem deixar de levar em conta as diferenças individuais, pois são os indivíduos que aprendem, e não os grupos.” (pg. 129). Ou seja, quando fizemos nossos planejamentos, mesmo atuando com um grupo de alunos, é impossível não levar em conta que cada indivíduo tem uma forma diferente de aprender, e por isso adequamos, modificando os discursos, os exemplos, as atividades, as explicações, para conseguirmos atingir um maior número de alunos, e os que não atingimos, retomamos em outra oportunidade, de outra forma, o fazer docente é um reinventar maneiras de ensinar a mesma coisa...
Outro fator que influencia diretamente o nosso trabalho é fato do não envolvimento dos alunos com o aprendizado; eles vêm à escola de forma forçada como diz o autor: “E é porque eles são forçados a ir à escola que essa dimensão de atividades ou de liberdades dos alunos se torna importante: a escola não é escolhida livremente, ela é imposta, e isso, inevitavelmente, suscita resistências importantes em certos alunos. Os professores devem desenvolver nos alunos essa “sujeição voluntária” da qual já falava Etienne de La Boétie (1976), ou seja, devem inculcar-lhes a convicção de ir à escola por vontade própria e de estar “para seu próprio bem”: a obrigação relativa à escola deve transformar-se em interesse pela escola: pouco importa que esse interesse seja obtido e mantido por meios extrínsecos (notas) e ou intrínsecos (motivação e produção de sentido).”( pgs. 130,131).
Ainda, quero ressaltar a fala do autor que diz que o fazer docente é um fazer social: “Dado que os professores trabalham com os seres humanos, a sua relação com o objeto de trabalho é fundamentalmente construída de relações sociais. Em grande parte, o trabalho pedagógico dos professores consiste precisamente em gerir relações sociais com os seus alunos.” (pg.132).
Foram tantas e extremamente interessantes as afirmações do autor , que encontrei uma certa dificuldade de selecionar e trazer as idéias que mais me chamaram a atenção. De fato, Maurice Tardif trouxe nesse capítulo afirmações que me comoveram, uma vez que falou da realidade da nossa sala de aula, sem desvalorizar nenhum elemento que a compõem, isto é confortante, pois muitas pessoas falam da educação e da pedagogia, sem terem contato direto com ela, e acabam formando teorias distantes e desassociadas da realidade.
Bibliografia:
- TARDIF, Maurice. O trabalho docente, a pedagogia e o ensino. Cap. 3. p. 112 – 149. In Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2003.
Atualmente trabalho em duas escolas, uma da rede municipal e outra da rede estadual de ensino.
Trabalho em uma escola com o 2º ano dos nove anos (município) e na outra com a 2ª série (estado).
As duas escolas encontram-se na zona urbana do município. Uma na periferia, e oura na área central.
Uma das escolas, a da rede municipal oferece Ensino Fundamental durante o dia e Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental, à noite. A da rede estadual é uma escola de segundo grau, onde atuo com o currículo, que é um curso de aplicação do Magistério, estamos vinculados a ele e ele a nós. É bem interessante a proposta; as alunas do Magistério, em algumas vezes atuam com nossos alunos, observam nossas aulas, fazem reforço, hora do conto, entre outros projetos. Nessa escola também tínhamos a Educação Infantil, mas será extinta a partir de 2009.
Nas duas escolas temos alunos com dificuldades especiais, na da rede estadual estuda uma cadeirante, mas ela freqüenta o segundo grau, e também alguns alunos surdos estudam na escola. Na escola municipal, temos alunos de inclusão em várias turmas.
DIRETRIZES CURRÍCULARES
Conforme Profª. Anísia de Figueiredo –MG, “as Diretrizes Nacionais para o Ensino Fundamental no Brasil, após a sansão da LDBN, ou seja, da Lei nº 9394/96, são instituídas através da Resolução nº 2 de 7 de abril de 1998, pela Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE). O art. 2º da referida Resolução define o que são Diretrizes Curriculares Nacionais, a saber: “Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimento da educação básica expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas”.
Segundo Maria Beatriz Gomes da Silva: “As diretrizes procuram preservar a unidade da educação nacional, sem interferir no pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas dos sistemas de ensino e de suas escolas, conforme previsto na Constituição Federal de 1988 - CF/88 (Inciso III do Art. 206) e na LDBEN (Inciso III do Art. 3°)”.
Entendo, então que são normas estabelecidas pelos três sistemas de governo; federal, estadual e municipal, que tem como objetivo unificar a educação, deixando a cargo do estado, município e escolas regulamentar as diversidades culturais e pedagógicas.
Encontramos no PME, da prefeitura municipal de Sapiranga, 2004, a seguinte afirmação: “A oferta de ensino fundamental a toda população do município, inclusive àqueles que não tiveram acesso a ele, na idade própria, é mais do que um dever Constitucional e um desafio pontuado nas prioridades do Plano Municipal de Educação, é um compromisso que garante o ingresso, reingresso, a permanência na escola e o sucesso do aluno, dando a possibilidade do domínio da leitura, da escrita e do cálculo a todo cidadão sapiranguense.”
Na escola onde atuo da rede municipal, nota-se um empenho muito grande em manter o aluno na escola, em recuperar aprendizados dos alunos, em avaliar o aluno integralmente, com situações em que os alunos são passados pelo conselho de classe, quando ficam com alguns pontos pendentes em alguma disciplina.
O currículo também realiza conselho de classe, levando para o conselho casos em que temos dúvidas, em relação a algum aluno, os colegas das turmas paralelas, ou das turmas seguintes auxiliam a refletir sobre a promoção ao não desse aluno. Percebesse uma preocupação, um compromisso com o aluno e com o aprendizado dele.
Nesta escola existe também um projeto de recuperação, que é feito em turno oposto ao que os alunos freqüentam, onde a professora que atua com os alunos desenvolve atividades distintas das oferecidas em sala de aula, para que o aluno tenha, além das oportunidades já oferecidas, novas formas de aprendizado.
Quando existem situações que as turmas vão mal, seja por indisciplina, ou por desinteresse, são convocadas reuniões com os pais e os professores, juntamente com os pais tentam elaborar combinações que auxiliem a reverter à situação.
Percebesse pelas iniciativas que mencionei, entre outras praticadas, que a escola esforça-se para cumprir a diretriz do Plano Municipal de Educação, não apenas moralmente, mas pela ética que está inserida na mesma.
Bibliografia:
- http://www.gper.com.br/gper_news/anexos/news13_1.doc;
- Plano Municipal de Educação – PM Sapiranga (2004 à 2014);
- SILVA, Maria Beatriz Gomes, Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental: Articulações e Interfaces com Educação Especial, Educação Indígena, Educação Básica no Campo e Educação de Jovens e Adultos.
sábado, 29 de novembro de 2008
Mesmo estando organizada por regime seriado, o que é uma característica da Escola Tradicional, tenta dar outro enfoque para a avaliação conforme o texto ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA ESCOLA E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM de Maria Beatriz Gomes da Silva, traz: “Mas, nem sempre a organização curricular em regime seriado vem acompanhada de uma avaliação classificatória. Esse avanço ocorre quando a concepção de conhecimento e sua respectiva proposta curricular estão fundamentadas numa epistemologia que considera o conhecimento como uma construção sócio-interativa que ocorre na escola e em outras instituições e espaços sociais.”
Vejo inúmeras tentativas de sairmos da forma tradicional de educar, mas a mais importante, acredito, está além do currículo, não que este não seja necessário, mas está na forma de atuação do professor em sala de aula e de todo a comunidade escolar, e na forma de a educação ser vista por esta comunidade.
Não adianta o PPP ser bonito e condizente com a LBD e com novas tendências de educação e não estar sendo aplicado.
Diante de tantas ações, e tomas de consciência dos professores, vê-se que a educação caminha para mudanças. E em parte percebe-se as mudanças através da forma que a avaliação é feita nas escolas, e o caráter flexível do currículo.
A constituição prevê a descentralização da gestão e cooperação entre as esferas do governo.
Em todo o Brasil encontramos, nos municípios, escola mantidas pelo município (da rede municipal) e escolas mantidas pelo estado (da rede estadual); são poucas as escolas federais que oferecem Educação Básica. Essa situação tem relação com a organização federativa do Estado Brasileiro.Antes de o Brasil tornar-se república, as províncias e os municípios já eram responsáveis pela organização e oferta de ensino primário e/ou ensino secundário. Após a instalação da república federativa, manteve-se a interpretação de que os estados deveriam ter autonomia na oferta de ensino primário; a União tem mantido, ao longo dos anos, atribuições que visam construir uma organização nacional, em especial as tarefas de legislação, normatização e planejamento. Todavia, a gestão e grande parte do financiamento da oferta de educação básica cabem aos governos estaduais e municipais.
Na constituição de 1988, ficou definido que as esferas de governo devem organizar seus sistemas de ensino em regime de colaboração. Os sistemas de ensino previstos são o federal, os dos estados e os dos municípios. Essa colaboração abrange diversos âmbitos, dos quais se destaca a oferta de educação, o financiamento, o planejamento e a normatização.
Em termos de oferta de educação, a Constituição federal de 1988 determinava que os municípios deveriam priorizar a educação pré-escolar e o ensino fundamental. Os níveis prioritários de atuação dos estados não foram definidos no texto original da Constituição. Á União caberia o financiamento do sistema federal de ensino e a prestação de assistência técnica e financeira aos estados e municípios.
A Emenda Constitucional N.º 14/96, estabeleceu atuação prioritária dos municípios no ensino fundamental e educação infantil. O ensino fundamental e o ensino médio foram estabelecidos como etapas da educação às quais os estados devem dar conta.
Na legislação brasileira atual, a colaboração entre os sistemas estaduais e municipais prioriza a garantia da universalização do ensino obrigatório (ensino fundamental).
No caso do financiamento da educação, os três tipos de governo têm obrigação de acordo com as prioridades, foi criado o FUNDEF que gerencia, em parte os investimentos na educação, bem como o sustento de salário para os professores.
Em termos de planejamento, foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais, pelo governo federal, que prevê conteúdos mínimos a serem desenvolvidos pelas redes de educação básica. Estados e municípios, de acordo com a LDB, também são responsáveis pela elaboração de planos de educação.
A responsabilidade das três esferas de governo também está presente na tarefa de normatização da educação. Nesse campo da normatização, participam os poderes executivo, legislativo e judiciário.
Sistemas de ensino são o conjunto de campos de competências e atribuições voltadas para o desenvolvimento da educação escolar que se materializam em instituições, órgãos executivos e normativos, recursos e meios articulados pelo poder público competente, abertos ao regime de colaboração e respeitadas as normas gerais vigentes.
A LDB aprovada em 1996 esboça uma organização da educação nacional com a previsão de existência dos sistemas federal, estaduais e municipais de ensino, os quais têm responsabilidades próprias ou compartilhadas entre si, devendo organizar-se em regime de colaboração. São três conjuntos que, pelas determinações da Lei, articulam-se num conjunto maior, nos campos do planejamento, do financiamento, da gestão e da avaliação, por competências coordenadas pela União.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
uns não entendimentos do que deveria ser realizado, como afirmou a colega Grace, acredito que faltou um norte, um roteiro para ser seguido no início.
Achei o trabalho bastante proveitoso, mas desenvolver um PA a partir de uma pergunta não é algo simples, ainda
mais quando existem mais colegas desenvolvendo o pensamento junto com a gente...
Mas a troca de idéias, o ouvir o outro, sempre á algo que nos traz aprendizados.
Tive algumas dificuldades de acompanhar o desenvolvimento do projeto on-line, então procurei auxiliar o grupo de outras formas...
A idéia de listar dúvidas e certezas sobre algo que nos interessa é um desafio, pois temos que parar para pensar sobre o assunto e ver onde queremos chegar, é diferente de um tema, que muitas vezes é amplo e nos leva a diferentes resultados. Com o PA me senti um tanto "amarrada" tomando cuidado para não fugir da questão inicial, e também com as certezas e dúvidas, se elas realmente responderiam nossa pergunta inicial, que também não foi fácil de elaborar.
Com o trabalho do PA, coloquei em exercíco o prestar atenção à perguntas que "renderiam" um PA feitas pelos maus alunos...
Sabe que não é uma tarefa muito fácil, resgatar, em meio as aulas questões que os alunos trazem...
Devemos ser muito boas ouvintes, prestar muita atenção às dúvidas dos pequenos.
Enfim, posso dizer que a partir do trabalho com o PA fiquei imaginando como trabalhálo com meus alunos...
domingo, 23 de novembro de 2008
O funcionamento desta gestão ainda é utópico, do meu ponto de vista, pois como foi mencionado na aula presencial, tira o poder do professor e da escola como instituição de ensino, não no sentido de tomada de poder, mas de dividir; mesmo a escola sendo uma instituição que atua em formação de seres sociais, e que cada ato da escola, por si só é um ato social, por ser para o conjunto, ela ainda não reconhece essa característica, e tem medo de perder o sentido, o valor, o poder que possui.
Estamos em construção da gestão democrática, e, chegaremos aos resultados almejados, estamos no exercício, o que já é um grande passo.
A interdisciplina me auxiliou de modo a acentuar minha posição crítica em relação a prática docente; estruturou, teorizou pensamentos que já havia tendo em relação a minha prática, e em relação as relações de minha prática com a estrutura escolar em que estamos inseridos.
A leitura da atividade 6, sobre os fazeres docentes de Maurice Tardif, trouxe uma compreensão, uma razão ao meu discurso e minhas crenças. Pois vi afirmados, expostos de maneira simples grandes conflitos que enfrentamos no quotidiano e que não paramos para refletir e são desconhecidos pela maioria das pessoas com as quais convivemos.
Um dos fatores que acho que deixei a desejar foi a pontualidade; este semestre foi um tanto “tumultuado” para mim, o que fez com que eu me atrasasse nessa interdisciplina e em outras.
Procurei relacionar todas leituras, todas as atividades propostas com minha prática, pois acredito que é desta forma que passo a qualificar ainda mais meu trabalho.
Estamos dentro de uma sociedade que exige muito dos professores, e muitas vezes não conseguimos mostrar para essa comunidade o nosso trabalho, pois é muito difícil de ser medido, e com tantas negações, os conflitos são imensos e só a certeza do valor de nossa prática, em muitos casos é o que nos sustenta, então como afirmei acima, esta interdisciplina auxiliou-me a teorizar minha prática, a fazer de minha pedagogia uma “pedagogia refletida”, como menciona Tardif.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Acredito que o professor deveria ser mais valorizado pelo seu empenho, pela seu compromisso com o social, uma vez que, inserido nas escolas públicas, não existe fazer doscente sem compromisso social, todos nossos atos são, de uma forma ou outra, em benefíco à sociedade.
Este comentário vem reforçar uma fala minha anterior que publiquei aqui no Blog, que fala do poder do professor; e vem de encontro com a leitura que realizei, de A.J. Akkri, DESIGUALDADES EDUCATIVAS ESTRUTURAIS NO BRASIL: ENTRE ESTADO, PRIVATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO, para a interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade, onde o autor traz a seguinte afirmação: : " Como pano de fundo, percebemos a persistência do mito de uma sociedade homogênea e de uma neutralidade política da educação."
Muitas vezes não se tem a ciência de atos políticos que acontecem nas escolas, e para tanto se faz necessário uma mudança na forma de ver o trabalho docente, que além de ser para a construção de conhecimentos, são de exercío de cidadania, são de fazer político.
Inicialmente quero dizer que o PPP e o Regimento Escolar
servem de apoio à escola, à comunidade e
principalmente ao professor,
que a partir do momento que tem seus atos
estruturados por regimentos, pode valer-se deles
para defender e qualificar sua prática;
Tanto O PPP quanto o Regimento Escolar,
são resultados concretos da gestão democrática;
São os frutos que podemos colher,
através de anos de lutas por uma escola
mais humana, igualitária e justa.
Estamos engatinhando no processo
de gestão democrática;
São 20 anos de autonomia,
(se é que pode-se dizer que todos
estes foram autônomos...)
Estamos no caminho...
Estamos dando
os primeiros passos para a
educação de qualidade que
tanto almejamos e
defendemos.
A escola está se tornando, aos poucos,
uma representação efetiva da comunidade
em que ela está inserida.
Com a gestão democrática e escola
passou a ter mais autonomia;
O cidadão tem o direito de participar da
educação, ele tem voz ativa na educação;
Oportunizou-se espaço para o cidadão
ajudar a pensar a educação.
Na maioria dos casos, não tomamos conhecimento dos resultados do trabalho do Conselho, pois acredito que são muito pouco divulgados.
Acho que o modo de escolha dos membros do conselho deveria ser feito de outra forma, não com a indicação do prefeito, o modo mais justo seria por eleição;
O fato é que os investimentos têm sido altos, mas não subsidiam a educação para torná-la de qualidade, como é o discurso da LDB. Acredito também que regulamentar a educação em leis provisórias, dão a impressão de um certo descaso com a Educação.
A intenção é de colocar todas as crianças na escola, mas não se pode acreditar que essa medida é o suficiente, além de estarem na escola, elas tem o direito a uma educação de qualidade, que dê oportunidade a elas de se desenvolverem plenamente como indivíduos.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
mas achei tão interessante o fato,
que resolvi registrar;
Pois bem; ontem na escola em que atua à tarde pude verificar que realmente nosso discurso,
o discurso de professores, muitas vezes surte efeito de formas que nem esperamos;
Uma aluna minha trouxe para escola (na verdade, foi a mãe dela), filhotes sabem de quê?
De gambá! Sério... De gambás, nove filhotes que perderam a mãe, e a família de minha launa resolveu adotar...
Esta é uma atitude, no mínimo diferente, mas o que tem por trás dessa atitude que me encantou...
Toda a situação de preservação de que falo, todo o meu discuso em defesa da natureza, de animais silvestres,
que tem seu habitat transformado por nós, que invadimos seus territórios...
Enfim, uma amostra simples que acontece aprendizado sim, nas escolas.
Que nossos discursos não são mera e simplesmente utópicos.
É uma afirmação de que vale a pena continuar pontuando e demostrando respeito pela natureza em todos
suas manifestações.
Um abraço! Magali
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Fiquei pensando, ainda sobre o que escrevi ontem, e minha fala dá a impressão queas crianças não produzem conhecimento; mas não foi isso que quis dizer.
Falei que quanto mais a gente oportunizar aprendizados diferentes, mais as crianças estarão preparadas para aprofundar seus conhecimentos no futuro!
Beijos! Magali
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
"Trago para complementar minha exposição um questionamento que sempre me fiz, na verdade não é um questionamento e sim uma reflexão: Se o sujeito interage com o objeto conforme seus pré-saberes, então quanto maior os pré- saberes, mais relações com outros objetos o sujeito consegue fazer. Eis a importância das séries iniciais e da educação infantil: Oferecer um maior número possível de contatos, experimentos, vivências, estímulos, (pré-saberes) para embasar o conhecimento do sujeito e conforme suas vivências ir aperfeiçoando seu conhecimento; se ele tiver um número maior de pré-saberes, mais fácil se dará o conhecimento ao longo de sua vida."
Esta é uma questão que temos que levar em consideração, quando decidimos optar por sermos professoras do Ensino Fundamental ou da Educação Inflantil, pois é uma responsabilidade muito grande;
Linha do tempo
http://www.xtimeline.com/events.aspx?q=Bif200809241525488905420&p=1
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Construção de Linha de tempo
http://www.xtimeline.com/timeline/Contitui-231-245-es
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Acabo estourando o tempo... Não consigo me ater apenas em ler meus slides,
acabo fazendo comentários perco tempo, deixando de lado a apresentação de algumas lâminas;
aprendi que tenho que ensaiar a apresentação, cronometrar meu tempo.
Um abraço! Magali
Um aprendizado que obtive, foi criar Pawer Point, utilizei este recurso, em mais de uma situação, não apenas para a apresentação do portifólio, mas nas escolas que trabalho, para enviar a amigos;
Achei a aprendizagem muito proveitosa, um recurso rico e dinâmico. Ainda não domino completamente a ferramenta, e a cada nova apresentação decubro mais recursos, como foi o caso de introduzir músicas, para a apresentação do portifólio;
Abraços! Magali
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Tal fato ocorreu comigo, quando o professor Crediné fez as observações em meu portfólio, a princípio, fiquei a apavorada! Não entendi absolutamente nada do que ele quis dizer, e um dia depois, lendo novamente, pareceu-me mais claro, mais compreensível.
Que estranho aprendizado... Fiquei pensando do porquê disso acontecer...
Talvez seja pela ansiedade para compreender o que era necessário fazer, talvez pela insegurança de não ter conseguido me expressar direito...
Enfim, depois que "deixei de molho" consegui compreender melhor o que foi proposto pelo professor.
Um abraço!
Magali
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Uma nova forma de ver a aprendizagem pois parte da curiosidade natural das crianças. Para nós professores que fomos formados em uma escola que nos perguntava, é um desafio utilizar questionavemntos dos slunos e construir a partir deles.
Desacomoda, poir requer pesquisa imediata, requer envolvimento e desprendimento do professor.
Como disse nossa colega Fabiana Aparecida da Silva, em nosso fórum "devemos aprender a trabalhar com perguntas e principalmente a nos colocarmos na condição de aprendiz."
Um abraço!
Magali
Este tipo de problema exige dos alunos leitura, compreensão, concetração, faz o aluno pensar para chegar ao resultado...
Interessante também, problemas que tem mais que um tipo de resultado; ou que não tenham resultado, isto traz conflito, como o texto afirma: "Trabalhar com esse tipo de problema rompe com a concepção de que os dados apresentados devem ser usados na sua resolução e de que todo problema tem solução. Além disso, ajudar a desenvolver no aluno a habilidade de aprender a duvidar, a qual faz parte do pensamento crítico."
Beijinhos!!!
Magali
Achei interessante porque quando comentava com meus alunos sobre a origem das suas famílias pensei que seria proveitoso aos alunos poderem visualizar a distância entre as cidades, pensei no Google Eart, mas ele não está instalado na minha escola, e com este endereço podemos fazer essa atividade.
Abraços! Magali
Achei essa frase fantástica pois leva a reflexões que questionam toda a estrutura escolar, todo o currículo, toda nossa atuação.
Levando em consideração a pressão a qual somos submetidos, nós e os alunos, dentro de um currículo que deve ser vencido, onde estamos a sombra do que ensinamos, para no ano seguinte não haverem lacunas...
Outra questão que é pertinente é a que os alunos são vistos como se fossem meros acumuladores de conhecimentos, sem dar-lhes oportunidade de viver esses conhecimentos, praticar os conhecimentos, tornarem-se sábios...
Até quando repetiremos esta educação?
Um beijo! Magali
segunda-feira, 16 de junho de 2008
É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria."
Acredito que o vídeo, as teleinformações são dinâmicas e ricamente produzidas e devem servir de nossos aliados para qualificar nossas aulas.
Um abraço! Magali
domingo, 15 de junho de 2008
Assim se fazem as redes de aprendizagem... As pessoas vão interagindo com as idéias dos outros e formulando novas hipóteses, adaptando a sua realidade e recriando conceitos... Assim se formam as redes de aprendizagens!
Desmistificando em parte, a verdade absoluta com que as Ciências são tratadas.
Nesta aula obtive muitos aprendizados particulares, certamente por ter sido envolvida emocionalmente; o que leva a outra reflexão, de que quendo estamos envolvidos emocionalmente aprendemos mais, porque foi feito com prazer, no meu caso em particular, adoro música e desenho, os dois foram unidos e de uma forma muito sutil para falar de diversidade cultural, de diferenças e aceitação de diferenças, outro assunto que me interessa bastante.
Eis uma prova concreta que com prazer aprende-se verdadeiramente.
Abraços! Magali
domingo, 4 de maio de 2008
Após essa etapa inicial os alunos iriam carimbar desenhos que escolhessem e escreveriam os nomes dos desenhos ao lado; Tendo em vista que é uma turma de 2º ano, onde o trabalho é de alfabetização, esta atividade é muito interessante pois os alunos, transformam as letras, que digitam em palavras...
Para os alunos isso parece mágica!
Pode-se acompanhar os diferentes níveis de escrita em que os alunos estão nesta atividade. Porque os silábicos escrevem utilizando apenas uma letra para cada sílaba, e lêem o que escreveram, apoiados, é claro pela figura que carimbaram, já os que estão mais avançados me procuravam o tempo inteiro para saber que letra usava, que letra tinha determinado som...
Gostei do filme que foi proposto para analise pela interdisciplina de Ciências, é interessante pelo fato do equilibrio e seus habitantes estarem comprometidos com ele, que é visivelmente alterado pela cobiça, vaidade, disputa pelo poder...
A partir do filme pude levantar questões que vem de encontro com
atitudes que temos com nosso planeta.
Acredito que trabalhar com os alunos as questões de lixo, tratamento de esgoto, consumo de água, e consumos em geral, são de fácil compreenção por eles e trazem efeitos, mesmo que o retorno seja lento e demorado.
inicialmente pela utilização de situações problemas onde o alunos resolve do seu jeito, para depois expor em grande grupo, tenho utlizado esta atividade com maior frequência na 2ª série dos 8 anos, pois no 2º ano dos 9 os alunos necessitam manuseio com material concreto, contagem e registro da mesma; naª série eles também utilizam material concreto, mas conseguem ter maior autonomia, já lêem, fazem correspondencia número e quantidade... Enfim já tem uma caminhada maior que os alunos do 2º ano. Como tenho levado em consideração a forma que pensam para resolver as situações problemas, eles estão cada vez mais empolgados em chegar ao resultado das formas mais variadas possíveis.
Tem sido um desafio, e a cada nova atividade vejo que mais alunos se empenham em por em prática um jeito de chegar ao resultado.
Um abraço!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Objtive com este exercício diagnóstico de como as alunos pensam algumas situações do quaotidiano em relação à ciência. Pude compreender que os alunos formam conceitos através de cituações que vivenciam em seu dia-a-dia, sendo necessário aperfeiçoar estes conhecimentos.
Trago um exemplo disto quando meus alunos representarem luz, todos os alunos fizeram desenhos de lâmpadas, ou seja, eles não tem o conceito de luz natural.
Outra coisa que chamou-me a atenção foi o fato do desenho das flores, onde as meninas capricharam muito mais que os meninos, foram muito mais detalhistas, nesse caso aponto quanto preconceito está enraizado nesse diagnóstico, pois a tendência machista de reprimir o desenho de flores já está formulado nestes meninos tão jovens ( entre 7 e 9 anos);
E assim podemos verificar muitas outras coisas que os alunos trazem em seus desenhos...
Um abraço Magali.
sábado, 5 de abril de 2008
Achei muito interessante fazer uma linha do tempo traçando um paralelo entre minha vida e a história da informática na educação do Brasil.
Os projetos foram muitos e os investimentos também e hoje podemos dizer que fazemos parte do futuro que foi almejado pelos precursores destes projetos.
A partir deste estudo histórico, questionei-me de como utilizar melhor este recurso riquíssimo que é a informática em minhas aulas. Sou previligiada porque as duas escolas em que atuo possuem laboratório de informática, Pena que ainda não existam monitores especializados nas mesmas.
Refletindo sobre isso, concluí que ainda tem-se muito a crescer nesse sentido, pois temos os laboratórios e ainda não sabemos utilizá-los em sua totalidade.
Quero trazer aqui uma parete do texto de Daniela Stevanin Hoffmann - Aprendizagem e Desenvolvimento: Experiências Físicas e Lógico-matemáticas , que diz o seguinte: "Segundo Papert (1980), o ensino da Matemática, tradicionalmente feito nas instituições escolares, é um processo que faz a criança “esquecer a experiência natural da matemática a fim de aprender um novo conjunto de regras” (p.243). Carraher (1989) também caracteriza a matemática escolar como não sendo significativa para o estudante, mas, sim, uma atividade institucional cujo objetivo é que o sujeito realize a tarefa definida pelo professor, saia-se bem em um exame, preencha o tempo na escola ou, até mesmo, aprenda Matemática. "
Esta é uma questão muito séria que, que traz questionamentos muito profundos sobre a forma que trabalhamos em sala de aula. Como já vinha refletindo sobre essa diferença de aprender, do aprender da escola e o aprender da vida e de quão distante está a escola da realidade.
Me questiono também que tipo de atividades concretas devo oportunizar para meus alunos para que eles possam usar o que já sabem para fundamentar seus novos conhecimentos.
Até mais, Magali
sexta-feira, 4 de abril de 2008
sábado, 29 de março de 2008
Também reafirmei algo que já sabia. Falo muito e para poder cumprir o praso de 10 minutos, preciso ser mais rápida e sucinta. Planejei frases tópicos para falar sobre elas em minha apresentação, mas concluí que para mim não funciona, só se eu tiver tempo livre para falar. Preciso organizar resumos de minhas falas, para ser mais breve e poder expor meu trabalho de forma completa.
Aprendi também com a apresentação das colegas, pois cada uma delas tem séries diferentes e aprendizados diferentes, e poder compartilhar esses aprendizados, é muito rico, pois agrega experiência e oportuniza contato maior com outras realizades de ensino.
Relendo outros comentários que fiz no blog, percebi que os aprendizados vem somados a como vejo os alunos, ao jeito com que trabalhamos e que novas práticas aplicaremos para que os alunos consigam obter aprendizado significativos.
Outro aprendizado que obtive, ou que afirmei, no decorrer do semestre ao realizar o Portifólio de Aprendizagens, foi que a prática é a base para o aprendizado significativo, pois requer que se coloque aquilo que se imagina em funcionamento, e é através desta experiência que constatamos se nossos conceitos estão corretos ou não. Ressalto também, que ao oportunizarmos situações de afirmação desta natureza, para os alunos, nos supreendemos, porque conseguimos perceber nitidadamente os resultados dos seus aprendizados. Afirmo isto relembrando a apresentação de contação de histórias que fiz com minha turma de 2ª série, que descrevi no portifólio.
Enfim, oportunizar trabalho autonomo para os alunos, respeitar suas individualidades, valorizar suas práticas e conquistas, passa a refletir em nós mesmos, pois, também tive muitas conquistas para minha autonomia, minha afirmação como profissional, confirmação de minhas crenças, que vem de encontro as quais o curso oferece e aprimora.