sábado, 19 de dezembro de 2009

Quero aproveitar para fazer uma reflexão sobre a avaliação de nossas atuações, de nossos planos de aula, quando realizei as atividades de criar um plano de aula par aa interdisciplina de Linguagem e Educação, e depois aproveitaomos esse plano para fazer uma nálise do mesmo para a interdisciplina de Didática, pude vivenciar uma das coisas que sempre falo, sobre a reflexão sobre nossa prática, com a vantagem de ser questionada, instigada pelos professores das duas interdisciplinas para ir além. Nesse momento me dei conta de como é importante contar com o auxílio de outro colega, para sermos questionados sobre nossa prática, sobre como desenvolveremos o que estamos palnejando. Pois, por mais que se reflita sobre a prática, quando outro profissional da área nos questiona,´é muito interessante, pois são pontos de vista distintos dos nossos e certamente melhoram o trabalho.
Sobre a atividade de avaliação em didática, fiz a seguinte descrição de como efetuo minha avaliação em minha sala de aula:
Como meus alunos são do 2º ano de alfabetização, a avaliação é uma prática diária. Faço um acompanhamento diário do crescimento, das dificuldades encontradas, com diálogos e exercícios dinâmicos que dêem oportunidade aos alunos de mostrarem seu crescimento. Procuro levar em consideração a individualidade de cada aluno, levando em conta as conquistas diárias, as dificuldades para realizar uma atividade ou outra.
Procuro oportunizar desafios aos alunos, para que consigam superar as dificuldades que possuem e seus medos. Outra prática que utilizo é o auxílio dos alunos que já terminaram suas tarefas para aqueles que estão com maiores dificuldades, isso dá as minhas aulas uma característica muito dinâmica, e possibilita produção de conhecimento através de trocas e de discussões. Procuro avaliar meus alunos quando circulo pela sala de aula e verifico as dúvidas que os acompanham. Também oportunizo situações de leitura ao grande grupo, onde verifico a fluência e a compreensão das leituras realizadas.
Tenho o hábito de refletir com os alunos antes de realizar a atividade, o que os auxilia na resolução da mesma. Avalio a produções escritas, com escritas espontâneas, que mostram o nível de escrita que cada aluno se encontra. Utilizo, nos primeiros meses o teste de níveis da Emília Ferreiro, que utilizo como diagnóstico para novas intervenções através de exercícios, jogos, leituras, brincadeiras, ou o que for preciso para meus alunos evoluírem na escrita e na leitura.
No terceiro trimestre o PPP da escola prevê notas aos alunos de 2º ano. E eu tenho certas dificuldades nesse sentido, pois como comparar alunos com notas cujas realidades são completamente distintas? Por exemplo: Um aluno que provêm de um ambiente letrado, que possui uma imensidão de incentivos para leitura e um aluno que provem de um lar analfabeto, onde nenhum de seus familiares sabe ler; são duas realidades distintas que nesse momento preciso equivaler para dar nota. E nesse caso, se o segundo está lendo e escrevendo, com alguns erros, e o primeiro está lendo e escrevendo perfeitamente bem, se eu fosse avaliar de forma classificatória daria maior nota ao primeiro, mas como acredito numa avaliação mediadora, entendo que o segundo merece uma nota igual a do segundo aluno.
Como minha prática de avaliação é continua, utilizo a mesma como ferramenta para auto-avaliação de aprimoramento de minha prática escolar. Se os alunos não compreenderam bem uma atividade, retomo-a no dia seguinte de outra forma. Assim acredito que a avaliação além de servir para acompanhar o crescimento do aluno, serve também para estruturar minhas aulas.
Faço, em algumas oportunidades, situações de hora do conto, onde os alunos preparam contações de histórias para seus colegas. Já no dia a dia, procuro manter diálogos significativos sobre os fatos ocorridos no dia-a-dia dos meus alunos. Acredito que este relatar de fatos também é rico e traz consigo a descrição de como o aluno vê o mundo que está inserido, como ele se relaciona com ele.Quando fiz a gravação do relato da história da Luiza, fiquei com vontade de gravas os meus alunos contando suas histórias e depois de editá-las, mostrá- las para eles.
Esta atividade levou-me a questionar quanto eu dava espaço para esta prática em sala de aula, e de sua importância para o desenvolvimento tanto da oralidade quanto da criatividade dos mesmos. E são de suma importância para a produção de textos futuros, uma vez que oferecem pré-saberes, que auxiliarão os alunos em seu raciocínio para a escrita.