sábado, 29 de novembro de 2008

A escola onde atuo, procura estar regulamentada dentro dos novos padrões de concepção de currículo e de avaliação; como mencionei, ela utiliza três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa.
Mesmo estando organizada por regime seriado, o que é uma característica da Escola Tradicional, tenta dar outro enfoque para a avaliação conforme o texto ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA ESCOLA E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM de Maria Beatriz Gomes da Silva, traz: “Mas, nem sempre a organização curricular em regime seriado vem acompanhada de uma avaliação classificatória. Esse avanço ocorre quando a concepção de conhecimento e sua respectiva proposta curricular estão fundamentadas numa epistemologia que considera o conhecimento como uma construção sócio-interativa que ocorre na escola e em outras instituições e espaços sociais.”
Vejo inúmeras tentativas de sairmos da forma tradicional de educar, mas a mais importante, acredito, está além do currículo, não que este não seja necessário, mas está na forma de atuação do professor em sala de aula e de todo a comunidade escolar, e na forma de a educação ser vista por esta comunidade.
Não adianta o PPP ser bonito e condizente com a LBD e com novas tendências de educação e não estar sendo aplicado.
Diante de tantas ações, e tomas de consciência dos professores, vê-se que a educação caminha para mudanças. E em parte percebe-se as mudanças através da forma que a avaliação é feita nas escolas, e o caráter flexível do currículo.
A educação no Brasil é de responsabilidade dos três sistemas de governo, que se diz descentralizado, o que acontece devido à estrutura organizacional do país; a descentralização foi consagrada na Constituição de 1988, vincula-se à estrutura conferida à federação brasileira, e não resulta de opções políticas do governo, ou seja é desta forma porque sua formação histórica concebeu assim.
A constituição prevê a descentralização da gestão e cooperação entre as esferas do governo.
Em todo o Brasil encontramos, nos municípios, escola mantidas pelo município (da rede municipal) e escolas mantidas pelo estado (da rede estadual); são poucas as escolas federais que oferecem Educação Básica. Essa situação tem relação com a organização federativa do Estado Brasileiro.Antes de o Brasil tornar-se república, as províncias e os municípios já eram responsáveis pela organização e oferta de ensino primário e/ou ensino secundário. Após a instalação da república federativa, manteve-se a interpretação de que os estados deveriam ter autonomia na oferta de ensino primário; a União tem mantido, ao longo dos anos, atribuições que visam construir uma organização nacional, em especial as tarefas de legislação, normatização e planejamento. Todavia, a gestão e grande parte do financiamento da oferta de educação básica cabem aos governos estaduais e municipais.
Na constituição de 1988, ficou definido que as esferas de governo devem organizar seus sistemas de ensino em regime de colaboração. Os sistemas de ensino previstos são o federal, os dos estados e os dos municípios. Essa colaboração abrange diversos âmbitos, dos quais se destaca a oferta de educação, o financiamento, o planejamento e a normatização.
Em termos de oferta de educação, a Constituição federal de 1988 determinava que os municípios deveriam priorizar a educação pré-escolar e o ensino fundamental. Os níveis prioritários de atuação dos estados não foram definidos no texto original da Constituição. Á União caberia o financiamento do sistema federal de ensino e a prestação de assistência técnica e financeira aos estados e municípios.
A Emenda Constitucional N.º 14/96, estabeleceu atuação prioritária dos municípios no ensino fundamental e educação infantil. O ensino fundamental e o ensino médio foram estabelecidos como etapas da educação às quais os estados devem dar conta.
Na legislação brasileira atual, a colaboração entre os sistemas estaduais e municipais prioriza a garantia da universalização do ensino obrigatório (ensino fundamental).
No caso do financiamento da educação, os três tipos de governo têm obrigação de acordo com as prioridades, foi criado o FUNDEF que gerencia, em parte os investimentos na educação, bem como o sustento de salário para os professores.
Em termos de planejamento, foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais, pelo governo federal, que prevê conteúdos mínimos a serem desenvolvidos pelas redes de educação básica. Estados e municípios, de acordo com a LDB, também são responsáveis pela elaboração de planos de educação.
A responsabilidade das três esferas de governo também está presente na tarefa de normatização da educação. Nesse campo da normatização, participam os poderes executivo, legislativo e judiciário.
Sistemas de ensino são o conjunto de campos de competências e atribuições voltadas para o desenvolvimento da educação escolar que se materializam em instituições, órgãos executivos e normativos, recursos e meios articulados pelo poder público competente, abertos ao regime de colaboração e respeitadas as normas gerais vigentes.
A LDB aprovada em 1996 esboça uma organização da educação nacional com a previsão de existência dos sistemas federal, estaduais e municipais de ensino, os quais têm responsabilidades próprias ou compartilhadas entre si, devendo organizar-se em regime de colaboração. São três conjuntos que, pelas determinações da Lei, articulam-se num conjunto maior, nos campos do planejamento, do financiamento, da gestão e da avaliação, por competências coordenadas pela União.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O trabalho com o PA foi um tanto difícil para mim no início, pois houveram alguns desentendimentos, ou melhor,
uns não entendimentos do que deveria ser realizado, como afirmou a colega Grace, acredito que faltou um norte, um roteiro para ser seguido no início.
Achei o trabalho bastante proveitoso, mas desenvolver um PA a partir de uma pergunta não é algo simples, ainda
mais quando existem mais colegas desenvolvendo o pensamento junto com a gente...
Mas a troca de idéias, o ouvir o outro, sempre á algo que nos traz aprendizados.
Tive algumas dificuldades de acompanhar o desenvolvimento do projeto on-line, então procurei auxiliar o grupo de outras formas...
A idéia de listar dúvidas e certezas sobre algo que nos interessa é um desafio, pois temos que parar para pensar sobre o assunto e ver onde queremos chegar, é diferente de um tema, que muitas vezes é amplo e nos leva a diferentes resultados. Com o PA me senti um tanto "amarrada" tomando cuidado para não fugir da questão inicial, e também com as certezas e dúvidas, se elas realmente responderiam nossa pergunta inicial, que também não foi fácil de elaborar.
Com o trabalho do PA, coloquei em exercíco o prestar atenção à perguntas que "renderiam" um PA feitas pelos maus alunos...
Sabe que não é uma tarefa muito fácil, resgatar, em meio as aulas questões que os alunos trazem...
Devemos ser muito boas ouvintes, prestar muita atenção às dúvidas dos pequenos.
Enfim, posso dizer que a partir do trabalho com o PA fiquei imaginando como trabalhálo com meus alunos...

domingo, 23 de novembro de 2008

Os elementos necessários para a gestão democrática, são: a participação, o comprometimento, o diálogo, a autonomia, a aceitação dos indivíduos, a abertura da escola com relçao ás idéias da comunidade em que atua,...
O funcionamento desta gestão ainda é utópico, do meu ponto de vista, pois como foi mencionado na aula presencial, tira o poder do professor e da escola como instituição de ensino, não no sentido de tomada de poder, mas de dividir; mesmo a escola sendo uma instituição que atua em formação de seres sociais, e que cada ato da escola, por si só é um ato social, por ser para o conjunto, ela ainda não reconhece essa característica, e tem medo de perder o sentido, o valor, o poder que possui.
Estamos em construção da gestão democrática, e, chegaremos aos resultados almejados, estamos no exercício, o que já é um grande passo.
AUTOAVALIAÇÃO
A interdisciplina me auxiliou de modo a acentuar minha posição crítica em relação a prática docente; estruturou, teorizou pensamentos que já havia tendo em relação a minha prática, e em relação as relações de minha prática com a estrutura escolar em que estamos inseridos.
A leitura da atividade 6, sobre os fazeres docentes de Maurice Tardif, trouxe uma compreensão, uma razão ao meu discurso e minhas crenças. Pois vi afirmados, expostos de maneira simples grandes conflitos que enfrentamos no quotidiano e que não paramos para refletir e são desconhecidos pela maioria das pessoas com as quais convivemos.
Um dos fatores que acho que deixei a desejar foi a pontualidade; este semestre foi um tanto “tumultuado” para mim, o que fez com que eu me atrasasse nessa interdisciplina e em outras.
Procurei relacionar todas leituras, todas as atividades propostas com minha prática, pois acredito que é desta forma que passo a qualificar ainda mais meu trabalho.
Estamos dentro de uma sociedade que exige muito dos professores, e muitas vezes não conseguimos mostrar para essa comunidade o nosso trabalho, pois é muito difícil de ser medido, e com tantas negações, os conflitos são imensos e só a certeza do valor de nossa prática, em muitos casos é o que nos sustenta, então como afirmei acima, esta interdisciplina auxiliou-me a teorizar minha prática, a fazer de minha pedagogia uma “pedagogia refletida”, como menciona Tardif.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Fiz o seguinte comentário no fórum "Profissionais da Educação" da interdisciplina de Organização e Gestão da Educação:

Acredito que o professor deveria ser mais valorizado pelo seu empenho, pela seu compromisso com o social, uma vez que, inserido nas escolas públicas, não existe fazer doscente sem compromisso social, todos nossos atos são, de uma forma ou outra, em benefíco à sociedade.



Este comentário vem reforçar uma fala minha anterior que publiquei aqui no Blog, que fala do poder do professor; e vem de encontro com a leitura que realizei, de A.J. Akkri, DESIGUALDADES EDUCATIVAS ESTRUTURAIS NO BRASIL: ENTRE ESTADO, PRIVATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO, para a interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade, onde o autor traz a seguinte afirmação: : " Como pano de fundo, percebemos a persistência do mito de uma sociedade homogênea e de uma neutralidade política da educação."

Muitas vezes não se tem a ciência de atos políticos que acontecem nas escolas, e para tanto se faz necessário uma mudança na forma de ver o trabalho docente, que além de ser para a construção de conhecimentos, são de exercío de cidadania, são de fazer político.

Inicialmente quero dizer que o PPP e o Regimento Escolar
servem de apoio à escola, à comunidade e
principalmente ao professor,
que a partir do momento que tem seus atos
estruturados por regimentos, pode valer-se deles
para defender e qualificar sua prática;

Tanto O PPP quanto o Regimento Escolar,
são resultados concretos da gestão democrática;
São os frutos que podemos colher,
através de anos de lutas por uma escola
mais humana, igualitária e justa.

Estamos engatinhando no processo
de gestão democrática;
São 20 anos de autonomia,
(se é que pode-se dizer que todos
estes foram autônomos...)
Estamos no caminho...
Estamos dando
os primeiros passos para a
educação de qualidade que
tanto almejamos e
defendemos.

A escola está se tornando, aos poucos,
uma representação efetiva da comunidade
em que ela está inserida.

Com a gestão democrática e escola
passou a ter mais autonomia;
O cidadão tem o direito de participar da
educação, ele tem voz ativa na educação;
Oportunizou-se espaço para o cidadão
ajudar a pensar a educação.
Num trabalho que fiz para a interdisciplina de ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO, que falava sobre financiamentos da educação, fiz o seguinte comentário:
Na maioria dos casos, não tomamos conhecimento dos resultados do trabalho do Conselho, pois acredito que são muito pouco divulgados.
Acho que o modo de escolha dos membros do conselho deveria ser feito de outra forma, não com a indicação do prefeito, o modo mais justo seria por eleição;
O fato é que os investimentos têm sido altos, mas não subsidiam a educação para torná-la de qualidade, como é o discurso da LDB. Acredito também que regulamentar a educação em leis provisórias, dão a impressão de um certo descaso com a Educação.
A intenção é de colocar todas as crianças na escola, mas não se pode acreditar que essa medida é o suficiente, além de estarem na escola, elas tem o direito a uma educação de qualidade, que dê oportunidade a elas de se desenvolverem plenamente como indivíduos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

É preciso que o educador se eduque, sim, nossa posição, é uma posição de poder, não no sentido de dominação, mas também no sentindo de dominação, que não é a linha que pretendo citar no momento, mas no sentido de estamos à frente dos educandos, que nos imitam, nos idealizam. Praticamente temos que ser perfeitos perante nossos alunos, pois eles aprendem com os exemplos, e não pela fala, é deste poder que falo; tomar uma postura de defesa de uma sociedade mais justa e lutar por esta justiça está muito além de um discurso que atravessa séculos; está em mostrar caminhos, em assumir-se como um modelo, e é só através dessa postura podemos lutar por mudanças sociais.