Deparei-me, na sétima semana do meu estágio, com um conflito a que venho tendo ao longo dos anos em que trabalho: Sobre o significado de copiar textos extensos do quadro.
Mas quando trabalhamos com alunos em sala de aula, quando estamos numa escola, somos absorvidos por ela, no melhor sentido da palavra. Muitas vezes somos atropelados pelo sistema, o que está além de nós. E nesses casos acabamos repetindo situações que criticamos quando estamos de fora do processo.
Eu me questiono sobre a cópia de textos extensos, pois este é um sistema que vejo como cansativo e de pouco retorno no sentido de aprendizagem. Quando os alunos copiam, muitos deles demoram em fazê-lo, o que dispersa os mais rápidos, gerando conflitos e distrações inclusive daqueles que ainda não acabaram. Se o texto é muito longo, não se consegue lê-lo ou explicá-lo em sala de aula, que fica muitas vezes para a aula do outro dia, o que atrapalha o rendimento do planejamento, bem como a compreensão do texto e o sentido de utilizá-lo.
Concluí que os textos muito longos devem ser xerocados e passados aos alunos, que em vez de perderem tempo copiando-o, terão este tempo para ler, refletir e debater sobre o conteúdo em questão.
Copiar do quadro era algo necessário, na medida em que se tinha a intenção de conter os corpos, de tornar os indivíduos meros copiadores. O que certamente não é a minha intenção em sala de aula. Quero formar pensadores comunicativos e não copiadores passivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário