Em relação a valorizar a apalavra proferida que mencionei em uma postagem anterior, Fiz a seguinte reflexão:
Quando levamos em consideração o educando, seu discurso, o que está implícito em sua palavra e até em seu silêncio, passamos a acreditar no mesmo como sendo um ser humano que tem outras vivências além da escola, que seu saber não é algo que se dará a partir da educação escolar, pois “ Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser seus companheiros na pronuncia do mundo.” Freire, 2005. Então, como pode a escola que se diz agente transformador da sociedade, não ser humilde e reconhecer no indivíduo um ser pensante e vivo, com existência além da mesma? É a escola então, ao aplicar seu currículo pura e simplesmente, arrogante e insensível ao seu sentido principal, que é essa transformação da sociedade. Pode-se dizer que é ingenuidade acreditar que a mudança se dará a partir do que o educando “aprenderá” na escola, pois esse aprender fora do contexto, é vazio e sem significado.
Freire, 2005, afirma que “A fé nos homens é um dado a priori do diálogo.” A priori no sentido de que no momento que passo a ouvir meu educando acredito nele, tenho fé em seu potencial e em todas as conseqüências implícitas nesse ato.
Um comentário:
O comentário da postagem anterior contou com esta complementação :-)
Postar um comentário