quinta-feira, 18 de novembro de 2010

2008/01-01

Em uma de minhas postagens citei o texto de Daniela Stevanin Hoffmann - Aprendizagem e Desenvolvimento: Experiências Físicas e Lógico-matemáticas , que diz o seguinte: "Segundo Papert (1980), o ensino da Matemática, tradicionalmente feito nas instituições escolares, é um processo que faz a criança “esquecer a experiência natural da matemática a fim de aprender um novo conjunto de regras” (p.243). Carraher (1989) também caracteriza a matemática escolar como não sendo significativa para o estudante, mas, sim, uma atividade institucional cujo objetivo é que o sujeito realize a tarefa definida pelo professor, saia-se bem em um exame, preencha o tempo na escola ou, até mesmo, aprenda Matemática. "
Acabo de vivenciar uma situação dessas com uma aluna minha de 5º ano, a qual recebi em meados de setembro. Ela é uma aluna dedicada, comprometida e atenta, mas quando resolve situações matemáticas, normalmente comete erros simples, relacionados com adição e subtração. Na multiplicação ela compreendeu o processo, mas não memorizou a tabuada, o que dificulta a agilidade de respostas e a atrapalha, pois acaba se atrasando em relação aos colegas, que conseguem fazer as atividades antes dela.
Percebi que numa atividade ela teria que subtrair 9 de 20. Ela contava, contava e não chegou ao resultado, Intervi dizendo que seria como dinheiro. Ela ter R $ 20,00 e ter que pagar R$ 9. Ela quase prontamente disse 11!
Então, tenho deito abordagens diárias a ela em relação aos pensamentos matemáticos, dizendo que é o mesmo que fazer na sua casa, na rua, no mercado. Que o que muda é o local.
Quantos alunos não passam pelas mesmas situações e os professores não têm sensibilidade para fazer as interferências necessárias para contornar seus bloqueios.
Na interdisciplina de Matemática o que ficou mais evidente para mim, foi que Matemática é da vida, esta na vida das pessoas, é só aproveitar os conhecimentos trazidos pelos alunos e aprimorá-los. Adaptá-los. Que é importante haver formas de chegar aos resultados, mas nada impede que os alunos tenham fórmulas próprias para isso, e quanto mais formas, mais métodos para um fim, mais aprendentes teremos.

http://peadportifolio164222.blogspot.com/2008/04/oi-andei-sumida.html

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