Refletindo sobre a questão moral do Filme Clube do Imperador, onde o Professor William Hundert está escolhendo quais alunos classificar para a final de “Cezar”; No momento em que o professor altera a nota do aluno Sedgewick Bell para que este seja classificado no lugar de outro que tinha alcançado a terceira nota mais alta, ele agiu de forma imoral, mas foi levado pela crença de que seria o melhor para o aluno ser classificado, que seria uma aposta nele, uma resposta para os esforços que este vinha empenhando...
O professor foi antiético, mas agiu de forma humana, deixou seus sentimentos comandarem a escolha que fez, e pensando nisso me dei conta de que quantas vezes nós mesmos somos levados por sentimentos ao agirmos?
Respondemos a ética e a moral, representamos-nas na escola, mas somos antes de mais nada humanos, e agimos com sentimentos.
Não quero afirmar com isso que devemos sobrepor os valores em defesa de nossos sentimentos, mas que em alguns casos, agimos dessa forma, não há como negar.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A descriminação racial existe, é evidente em muitos casos e cabe também a escola trabalhar na formação do aluno para que ela deixe de existir, para que todos os indivíduos sejam respeitados de forma igual e de forma humana.
Em minha sala de aula, não percebo tais descriminações, inclusive numa situação em que os alunos queriam pintar um boneco de “cor de pele” questionei-os sobre o motivo da escolha da cor, se existia só essa cor de pessoas; eles responderam que não que existiam pessoas marrons, pretas, “até amarelo e vermelho dá para usar”, eles me afirmaram... Questionei sobre a beleza da cor, qual cor era a mais bonita, para se pintar pessoas, alguns responderam que dependia, e eu questionei do que dependia, eles me disseram que depende a pessoa, muda a cor, não existe cor mais bonita para pessoa, a pessoa é da cor que é conforme Lea nasceu, como os pais delas são. Nesse momento um aluno que estava na minha frente trocou de cor, passou a pintar seu boneco de marrom, perguntei por que ele tinha mudado. Ele respondeu que marrom também é legal.
Acredito que esse tipo de atitude vem devido a forma em que são abordadas as diferenças em nossa escola; e da forma em que nossos alunos são tratados; nossos filhos, os meus e de minhas colegas estudam na escola, o que é outra forma com a qual costumo justificar os vínculos afetivos que existem na escola. Nenhuma professora levaria seu filho para uma escola onde não concordasse com os valores trabalhados.
Em minha sala de aula, não percebo tais descriminações, inclusive numa situação em que os alunos queriam pintar um boneco de “cor de pele” questionei-os sobre o motivo da escolha da cor, se existia só essa cor de pessoas; eles responderam que não que existiam pessoas marrons, pretas, “até amarelo e vermelho dá para usar”, eles me afirmaram... Questionei sobre a beleza da cor, qual cor era a mais bonita, para se pintar pessoas, alguns responderam que dependia, e eu questionei do que dependia, eles me disseram que depende a pessoa, muda a cor, não existe cor mais bonita para pessoa, a pessoa é da cor que é conforme Lea nasceu, como os pais delas são. Nesse momento um aluno que estava na minha frente trocou de cor, passou a pintar seu boneco de marrom, perguntei por que ele tinha mudado. Ele respondeu que marrom também é legal.
Acredito que esse tipo de atitude vem devido a forma em que são abordadas as diferenças em nossa escola; e da forma em que nossos alunos são tratados; nossos filhos, os meus e de minhas colegas estudam na escola, o que é outra forma com a qual costumo justificar os vínculos afetivos que existem na escola. Nenhuma professora levaria seu filho para uma escola onde não concordasse com os valores trabalhados.
Estive refletindo sobre o aprendizado e a construção de aprendizado; quando dou aula, normalmente me questiono se os alunos vão conseguir compreender o que eu quero dizer, e se eles tem estrutura, para a partir de minhas propostas, construir novos conhecimentos.
Até aí, tudo bem... Então, quando não conseguimos auxiliar o aluno a aprender, pode ser porque ele não nos compreende ou porque ele não tem "pré-saberes" para construir novos conhecimentos... Isso é muito óbvio, não? Mas o que está dito nessas entrelinhas, é o que quero trazer... Me dei conta que é imprescindível saber o que nosso aluno sabe para poder auxiliá-lo a ir adiante.
Até aí, tudo bem... Então, quando não conseguimos auxiliar o aluno a aprender, pode ser porque ele não nos compreende ou porque ele não tem "pré-saberes" para construir novos conhecimentos... Isso é muito óbvio, não? Mas o que está dito nessas entrelinhas, é o que quero trazer... Me dei conta que é imprescindível saber o que nosso aluno sabe para poder auxiliá-lo a ir adiante.
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