Sobre a atividade de avaliação em didática, fiz a seguinte descrição de como efetuo minha avaliação em minha sala de aula:
Como meus alunos são do 2º ano de alfabetização, a avaliação é uma prática diária. Faço um acompanhamento diário do crescimento, das dificuldades encontradas, com diálogos e exercícios dinâmicos que dêem oportunidade aos alunos de mostrarem seu crescimento. Procuro levar em consideração a individualidade de cada aluno, levando em conta as conquistas diárias, as dificuldades para realizar uma atividade ou outra.
Procuro oportunizar desafios aos alunos, para que consigam superar as dificuldades que possuem e seus medos. Outra prática que utilizo é o auxílio dos alunos que já terminaram suas tarefas para aqueles que estão com maiores dificuldades, isso dá as minhas aulas uma característica muito dinâmica, e possibilita produção de conhecimento através de trocas e de discussões. Procuro avaliar meus alunos quando circulo pela sala de aula e verifico as dúvidas que os acompanham. Também oportunizo situações de leitura ao grande grupo, onde verifico a fluência e a compreensão das leituras realizadas.
Tenho o hábito de refletir com os alunos antes de realizar a atividade, o que os auxilia na resolução da mesma. Avalio a produções escritas, com escritas espontâneas, que mostram o nível de escrita que cada aluno se encontra. Utilizo, nos primeiros meses o teste de níveis da Emília Ferreiro, que utilizo como diagnóstico para novas intervenções através de exercícios, jogos, leituras, brincadeiras, ou o que for preciso para meus alunos evoluírem na escrita e na leitura.
No terceiro trimestre o PPP da escola prevê notas aos alunos de 2º ano. E eu tenho certas dificuldades nesse sentido, pois como comparar alunos com notas cujas realidades são completamente distintas? Por exemplo: Um aluno que provêm de um ambiente letrado, que possui uma imensidão de incentivos para leitura e um aluno que provem de um lar analfabeto, onde nenhum de seus familiares sabe ler; são duas realidades distintas que nesse momento preciso equivaler para dar nota. E nesse caso, se o segundo está lendo e escrevendo, com alguns erros, e o primeiro está lendo e escrevendo perfeitamente bem, se eu fosse avaliar de forma classificatória daria maior nota ao primeiro, mas como acredito numa avaliação mediadora, entendo que o segundo merece uma nota igual a do segundo aluno.
Como minha prática de avaliação é continua, utilizo a mesma como ferramenta para auto-avaliação de aprimoramento de minha prática escolar. Se os alunos não compreenderam bem uma atividade, retomo-a no dia seguinte de outra forma. Assim acredito que a avaliação além de servir para acompanhar o crescimento do aluno, serve também para estruturar minhas aulas.
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