domingo, 20 de junho de 2010

O que queremos?

Werneck (1987) afirma que: Um aluno rejeitado pela escola é a mesma coisa que um doente abandonado por um pronto-socorro. Lendo esta frase, deparei-me co um sentimento que venho cultivando ao longo deste ano letivo, e em outros, mas que tem se frutificado intensamente neste; da necessidade do aluno sentir-se querido e respeitado em sala de aula, e também de sentir-se como parte integrante da turma, do grupo em que se encontra sentir-se como aluno atuando em uma escola. Para exemplificar relatarei acontecimentos que tenho presenciado com meus alunos neste ano. Tenho alguns alunos difíceis, por se assim dizer, que possuíam rótulos de terríveis, entre outros, no ano passado não saiam da secretaria, os pais normalmente eram chamados, e eu assumi a turma com o intuito de modificar este estipe. Na sexta-feira estávamos executando tarefas em grupo, e num dos grupos tem um aluno que é muito inteligente, mas que quase não faz tarefa nenhuma em sala de aula. Tenho conversado com ele, diariamente, que é necessário realizar os registros, para que possa me mostrar o que sabe o que está aprendendo. Mas normalmente ele começa e não termina as atividades. As meninas do gruo estão me auxiliando a chamar a atenção dele, a cobrar que ele participe. Enfim, na sexta feira este aluno estava sem participar da resolução dos desafios matemáticos que eu havia proposto. Conversamos, eu e as meninas do grupo com ele, novamente, da importância dele no grupo e de como seria importante ele contribuir, pois ele tem um raciocínio lógico-matemático muito bem desenvolvido. Ele ficou contrariado, mas acabou auxiliando, não completamente, mas enfim, mudou sua forma de agir e passou a tentar resolver e contribuir com seu grupo. Vindo de encontro com a fala de Werneck, se eu simplesmente tomasse atitudes mais sérias como enviar um registro para casa do aluno, ou se mandasse ele para a secretaria, o que ele, como aluno teria melhorado, ou o que ele teria aproveitado da aula, ou aprendido com estes desafios ou de como ele é importante para seu grupo? Certo é de que colhemos aquilo que plantamos e não haverão alunos comprometidos e interessados se nós não nos comprometemos.

WERNECK,H. Ensinamos demais e aprendemos de menos, Petópolis, Editora VOzes, 1987

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